SOCIEDADE CAPITALISTA E AS CLASSES SOCIAIS
O termo classe costuma ser empregado de muitas maneiras. Diz-se, por exemplo,”alguém de classe”, “classe política”, “classe dos professores”, etc. Essas são formas que o senso comum utiliza para caracterizar determinado tipo de comportamento ou para definir certos grupos sociais ou profissionais.
Sociologicamente, utiliza-se o termo classe na explicação da estrutura da sociedade capitalista com base na classificação ou hierarquização dos grupos sociais. Assim, quando se consideram as profissões, deve-se falar em categoria profissional dos professores, advogados, etc.
A sociedade capitalista é dividida em classes e, como tal, tem uma configuração histórico-estrutural particular. Nela está muito evidente que as relações e estruturas de apropriação (econômica) e dominação (política) definem a estratificação social. Os outros fatores de distinção e diferenciação, como a religião, a honra, a ocupação e a hereditariedade, apesar de existirem, não possuem a força que têm nos sistemas de castas e de estamentos. A produção e o mercado tornaram-se os elementos mais precisos de classificação e mobilidade sociais.
- HIERARQUIZAÇÃO:
Pode-se afirmar que existem duas grandes maneiras, com suas variações, de pensar a questão das classes: considerando a posição dos indivíduos e grupos no processo de produção ou considerando a capacidade de consumo como fator de classificação. No primeiro caso, pode-se ter uma hierarquização dos grupos como a seguinte: classes dos proprietários de terras, burguesa (industrial, financeira), pequeno-burguesa ou média, trabalhadora ou operária. No segundo, tem-se: classes alta, média e baixa ou, então, variações como classes A, B, C, D e E.
Observa-se, assim, que a análise da estratificação de uma sociedade depende dos interesses do investigador e do critério utilizado na classificação dos grupos sociais.